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Em sua decisão de hoje (15), Tourinho Neto disse que o atraso no processo contra o Cachoeira não é culpa da defesa, como sustenta o juiz de primeira instância. A culpa seria do próprio juiz. Ele “cria obstáculos para decisão que dei para a realização de diligências, ditas imprescindíveis para a defesa”, afirmou o desembargador do TRF-1, em documento obtido pelo Congresso em Foco. O magistrado quer que as empresas de telefonia deem as senhas fornecidas à PF e as datas de entrega desses códigos e os nomes das pessoas que acessaram as informações dos réus. “Esse excesso de prazo (…) é irrazoável, (…) ferindo a dignidade humana”, afirmou Tourinho Neto na decisão para soltar Cachoeira.
Em ofício ao desembargador nesta segunda-feira, o juiz Alderico Rocha disse que as senhas são inúteis. Isso porque elas servem apenas para acessar o cadastro dos clientes das operadoras e não para grampear os telefones. Destacou que o programa Guardião, da PF, grava os diálogos e também os números de telefones monitorados, informação solicitada pela defesa de Cachoeira. Alderico diz que as informações pedidas pela defesa, e endossadas por Tourinho Neto, já estão no processo à disposição de todos. “Sem qualquer esforço mental, sabe-se quais as pessoas que tiveram seus dados cadastrais possivelmente acessados pelos policiais, já que consta dos autos todos os números telefônicos”, afirmou o juiz da 11ª Vara de Goiânia. Segundo procuradores do caso, Alderico fez aviso semelhante outras duas vezes ao desembargador.
As polêmicas do juiz que tentou soltar Cachoeira
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