Deputados ruralistas e deputados ambientalistas vão trabalhar juntos a partir desta terça-feira (27) para tentar criar projetos de lei que garantam a preservação do meio ambiente brasileiro sem ferir os interesses do agronegócio. A informação é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que promete votar com urgência esses projetos e, assim, mostrar aos líderes internacionais que não é interesse do Congresso Nacional aprovar leis que flexibilizem a proteção de reservas como a Amazônia.
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“Os deputados do meio ambiente vão apresentar junto com os do agronegócio dois ou três projetos que a gente pode tentar votar ainda nesta semana, deixando clara nossa preocupação com a questão da preservação do meio ambiente”, anunciou nesta segunda-feira (26) o presidente Rodrigo Maia, que, com isso, quer dar “uma sinalização muito clara de qual é o caminho do Brasil em relação à floresta amazônica e a todas as áreas de preservação que a gente tem hoje”.
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Segundo Maia, não há nenhuma ação, nem do governo nem do Parlamento, que estimulem o aumento das queimadas. Ele admite, porém, que “a forma como o presidente às vezes fala pode gerar esse tipo de dúvida”. E, por isso, quer que o Congresso dê uma resposta rápida à crise ambiental.
Para garantir a celeridade dessa sinalização, os deputados vão tentar construir esse acordo já nesta terça-feira, durante reunião que será comandada pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP).
Também nesta terça-feira, será instalada a Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional. Formada por 11 senadores e 11 deputados federais, a comissão vai centralizar o debate sobre os incêndios que atingem os estados da Amazônia no Congresso e também vai cumprir o papel da comissão externa que foi anunciada na semana passada por Maia. “Precisamos somar os esforços para apresentarmos ao Brasil e ao mundo soluções efetivas”, afirmou o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, explicando que, neste momento, “não tinha sentido trabalhar com duas comissões externas”, uma na Câmara e outra no Senado.
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