O PMDB pode recusar o Ministério da Integração Nacional, já ofertado ao deputado Geddel Vieira Lima (BA), caso o presidente Lula limite a cota do partido a apenas uma nova pasta na reforma ministerial, informa O Estado de S. Paulo.
Além da nomeação de Geddel, a bancada da Câmara quer indicar o novo ministro da Agricultura. Segundo a repórter Christiane Samarco, entre os nomes cotados para comandar a pasta estão Eunício Oliveira (CE), Fernando Diniz (MG), Waldemir Moka (MS) e Odílio Balbinotti (PR) – o maior produtor individual de semente de soja no Brasil.
Os deputados alegam que os senadores do partido já comandam dois ministérios (Comunicações e Minas e Energia) e estariam a caminho de emplacar o terceiro, com a indicação do médico José Gomes Temporão para a Saúde, ligado ao governador do Rio, o ex-senador Sérgio Cabral (PMDB).
O presidente reeleito do PMDB, Michel Temer, e o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), se reúnem hoje com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, para discutir detalhes da reforma. Amanhã, os líderes peemedebistas serão recebidos por Lula para tratar do assunto.
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Segundo Henrique Eduardo, a tese de que ficar apenas com a Integração Nacional “é mais problema que solução”. Ele alega que o ministério tem atuação muito voltada para o Nordeste. “Não queremos tomar espaço de ninguém, nem disputar com outros partidos da coalizão, mas o fato é que as bancadas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste também têm demandas.”