O Conselho de Ética da Câmara pode não conseguir concluir este ano os processos contra os deputados acusados pela CPI dos Sanguessugas. O motivo é o resultado das eleições, que só renovou o mandato de cinco dos 67 parlamentares indicados para relatar os casos.
Desde 2 de outubro, um dia após a votação, o conselho já recebeu uma série de desistências de relatores. Como a da deputada Ann Pontes (PMDB-PA), que devolveu dois dos três processos que estavam sob sua responsabilidade depois de não conseguiu se reeleger.
Além dela, os deputados Moroni Torgan (PFL-CE), Cláudio Magrão (PPS-SP), Betinho Rosado (PFL-RN) e Humberto Michiles (PL-AM) já formalizaram os desligamentos do colegiado. Com isso, 11 processos ficaram sem relatores.
Se não bastassem as desistências, o conselho ainda não conseguiu marcar nenhum depoimento. Nem mesmo dos responsáveis pela máfia das ambulâncias, Darci e Luiz Antônio Vedoin. (Renaro Cardozo)