Após quase duas horas de reunião, os líderes partidários da Câmara não chegaram a um acordo para destrancar a pauta de votações da Casa, trancada por duas medidas provisórias.
“Vamos continuar em obstrução. Temos insegurança quando a pauta ficar destrancada. O governo quer acelerar a flexibilização da fidelidade partidária e nós não concordamos”, afirmou o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).
Para o líder petista, Maurício Rands (PE), a obstrução da oposição é moeda de troca para garantir que projetos de seu interesse entrem na pauta após a votação das medidas provisórias que trancam a pauta. “Ao fazer obstrução, eles estão retardando propostas de interesse da sociedade. Vamos tentar um acordo amanhã para votar matérias pós-MPs”, diz Rands.
O vice-líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), acredita que a medida provisória que reajusta o salário de 800 categorias de servidores públicos deve ficar para a semana que vem. Sobre o recesso, tanto governistas quanto oposição disseram que irão respeitar a decisão do presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Cabe ao presidente definir a agenda de trabalho”, disse ACM Neto. O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS) diz que irá acatar qualquer posição de Chinaglia. “Temos que encontrar formas de equilibrar eleição com análise de matérias. Vou apoiar a decisão do presidente”, respondeu Fontana. (Tatiana Damasceno)
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