Para dar andamento ao processo de impeachment são necessários 2/3 dos votos do Plenário da Câmara, ou seja, 342 deputados. Segundo o placar, é preciso que pelo menos mais 81 deputados se posicionem a favor da saída de Dilma do Palácio do Planalto. Por outro lado, para barrar o processo o governo precisa contar com o apoio de 171 deputados, ou seja, ainda precisa de pelo menos mais 54 votos a seu favor. O levantamento garantiu o sigilo dos nomes dos deputados e se concentrou em partidos que não compõem o núcleo duro nem do governo (PT e PCdoB) nem da oposição (PSDB,DEM, SD e PPS)
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Toda essa disputa vem envolvendo negociações de ambas as partes em ritmo acelerado, uma vez que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer realizar a votação do impeachment em plenário daqui a duas semanas, no domingo (17). O objetivo é facilitar a organização de uma manifestação em torno do prédio do Congresso para pressionar os deputados a aprovarem o início do julgamento da presidente.
Enquanto isso, o governo corre contra o tempo e busca fortalecer sua base aliada oferecendo cargos até então ocupados pelo PMDB, que oficializou o rompimento na última terça-feira (29). Apesar disso, a própria sigla não é unânime em relação ao impeachment de Dilma: dos 67 deputados, 34 declararam ser a favor da abertura do processo, 5 são contra, 11 estão indecisos e 17 não foram localizados.
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