Mário Coelho
Os deputados distritais que fazem parte da CPI da Corrupção se reúnem na tarde desta terça-feira (19) com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para discutir a possibilidade de o ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa prestar depoimento ao colegiado. Durval é o autor das denúncias que originaram a Operação Caixa de Pandora, da PF, e reveralam o esquema de corrupção no GDF.
A reunião está prevista para as 14h30. Os integrantes da CPI precisam discutir com Corrêa uma forma de viabilizar o depoimento de Durval. Como ele entrou no programa de proteção a testemunhas, é preciso de autorização do governo federal para seus deslocamentos. Além do diretor-geral da PF, os distritais planejam conversar com o relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça, ministro Fernando Gonçalves, e com o Ministério da Justiça.
Mesmo com a autorização dos órgãos, Durval pode se negar a comparecer à CPI por estar no programa. Apesar de o requerimento de convocação ter sido aprovado na semana passada, os distritais ainda não chegaram a um consenso sobre quando o ex-secretário vai depor. Único oposicionista na comissão, o deputado Paulo Tadeu (PT) defende que Durval seja ouvido em até 30 dias, na primeira fase dos trabalhos. Já os outros quatro membros da CPI, todos aliados do governador José Roberto Arruda (sem partido), acham que o depoimento deve acontecer em outro momento, após ouvir todos os acusados na investigação.
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