O texto do relator da comissão especial, Laerte Bessa (PR-DF), foi aprovado por 21 votos a 6 após acordo entre o PMDB, o PSDB e outros partidos. Na prática, Bessa incorporou em seu relatório a sugestão apresentada pelo deputado Jutahy Junior (PSDB-BA) determinando a redução da maioridade penal para crimes hediondos (homicídio qualificado, latrocínio, sequestro, estupro), tráfico de drogas, casos de terrorismo, lesão corporal grave e roubo qualificado.
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Ao sair do plenário onde o relatório foi apreciado, deputados favoráveis à medida, entre eles Jair Bolsonaro (PP-RJ), repetiram o grito de guerra utilizado pela torcida brasileira na Copa do Mundo no ano passado e nos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT), em resposta aos estudantes contrários à redução da maioridade penal. Ao final da sessão, os estudantes cantavam “não, não, não à redução” e “fascistas, fascistas, não passarão”, em referência aos parlamentares que aprovaram a responsabilização penal de jovens de 16 e 17 anos.
Apesar da provocação mútua, não houve agressões entre parlamentares e manifestantes. Houve um princípio de tumulto que logo foi contido por homens da polícia legislativa da Câmara.