Renata Camargo
O projeto de decreto legislativo que aumento o salário de deputados e senadores para R$ 26,7 mil já está em debate no plenário da Câmara. Neste momento, os deputados discutem e apreciam o requerimento de urgência para colocar a proposta em votação antes de outros projetos. Para aprovar a urgência, é necessário o apoio de 257 deputados.
Na manhã de hoje (15), a Mesa Diretora da Câmara se reuniu para discutir, entre outras coisas, o aumento salarial dos congressistas. O tema não chegou a ser debatido na reunião, acabou indo direto ao plenário da Casa, com o aval dos membros da Mesa.
Segundo o projeto, os subsídios dos membros do Congresso Nacional, do Presidente e Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estados serão equiparados ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado atualmente em R$ 26.723. O salário dos ministros do STF é considerado o teto do funcionalismo.
Os defensores do projeto consideram que a proposta garante isonomia nos salários dos três Poderes. A proposta, no entanto, não tem consenso. Há pouco, deputados do Psol e do PSB se manifestaram contra a proposta.
Para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), o projeto é um “verdadeiro absurdo” que fere o “interesse público” e trai o “interesse popular”.
“Nós, parlamentares, não podemos deliberar em nome do próprio interesse contra o interesse público. Esse projeto é um absurdo”, disse exaltada na tribuna. “Eu recomendaria aos meus colegas, se essa proposta for aprovada, que tirem os seus botons, porque vão sofrer agressães da população, que não aceita arbitrariedades contra o interesse público. É um desrespeito essa medida sem transparência e sem lógica para justificar esse aumento”, completou.