Deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) acusam o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), de ter entrado armado na sala onde o relator da reforma da Previdência na CCJ, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), lê desde o início da noite seu parecer sobre a constitucionalidade da proposta.
As acusações partiram principalmente dos deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), Eduardo Bismarck (PDT-CE) e Marcelo Ramos (PR-AM). Os parlamentares afirmam que viram uma arma na cintura de Delegado Waldir durante uma confusão em que a oposição tentava impedir, junto à mesa diretora da comissão, o início da leitura do parecer.
Logo após a confusão, Waldir se aproximou de jornalistas na comissão e abriu o paletó para mostrar que não estaria armado. O líder ainda fez um brincadeira, simulando uma arma com a mão.
Durante a confusão, o deputado Marcelo Ramos pediu ao presidete da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), que as portas da sala fossem fechadas para que ninguém entrasse ou saísse. Segundo ele, no entanto, Waldir teria passado a arma a uma terceira pessoa, que teria saído do local.
Procurado pelo Congresso em Foco, Delegado Waldir confirmou que estava com um coldre na cintura, mas que ele estava vazio e a arma havia ficado em seu carro – procedimento que ele diz tomar sempre que entra nas dependências do Congresso. O deputado afirma que vai levantar os nomes dos deputados que o acusaram e tomar três medidas contra todos: uma representação criminal, um pedido de indenização e uma representação no Conselho de Ética.
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