Depondo hoje ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara como testemunha de defesa do deputado Vadão Gomes (PP-SP), o deputado Mussa Demes (PFL-PI) disse que o integrante do PP já apresentou amplas provas de sua inocência. "De todos os deputados indicados pela CPI, ele foi o que apresentou o maior número de provas em sua defesa”, afirmou Demes.
Vadão Gomes aparece como beneficiário de dois saques nas contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, que somaram R$ 3,7 milhões. Quanto à acusação feita pelo empresário, e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, de que Vadão teria recebido as quantias em dinheiro em um hotel em São Paulo, o deputado alegou que estava na cidade goiana de Mineiros na época, e negou ter recebido as quantias.
Mussa Demes afirmou, em seu depoimento hoje, que o caso contra Vadão não deveria ter ido à Mesa, e muito menos ter chegado ao Conselho. O deputado do PFL disse ainda que integrou a comissão de sindicância, formada pela Corregedoria da Câmara, que investigou as denúncias feitas pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. Demes afirmou que foi voto vencido na comissão de sindicância e chegou a apresentar um voto em separado pela absolvição de Vadão. "Na minha avaliação, Vadão fez além do que era necessário. Apresentou prova negativa das acusações feitas contra ele e provou que era impossível ter recebido o dinheiro de Marcos Valério."
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