O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) apresentou hoje documentos que contradizem o depoimento da advogada Maria Cristina de Souza Rachado, defensora do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ela e o advogado Sérgio Wesley da Cunha estão sendo ouvidos pela CPI do Tráfico de Armas neste momento, em acareação.
Um dos documentos – um relatório da Polícia Civil de São Paulo – mostra que Rachado esteve com Marcola pela última vez em abril, e não em março como dissera; que ela visitou presídios dez vezes desde janeiro; e que ela esteve em contato com outro líder da facção, o José Carlos Rabelo, o Pateta.
Para Jungmann, o relatório prova que a advogada é um “pombo-correio”, que passava informações de fora para dentro da cadeia. "Isso mostra claramente que ela vai com freqüência conversar com os criminosos", acusou. O deputado também apresentou um suposto livro-caixa do PCC que aponta gastos de até R$ 10 mil com advogados.
Para a CPI, os advogados estão ligados ao PCC e pagaram R$ 200 a um ex-funcionário da Câmara pela gravação da audiência reservada com os delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
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