O deputado Roberto Santiago (PV-SP) afastou hoje (30) o assessor parlamentar José Brito de França, citado em relatório da Polícia Federal sobre a Operação Santa Tereza, que apura um esquema de desvio de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).
De acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, o grupo também teria oferecido a municípios de cinco estados a liberação de projetos no Ministério das Cidades, mediante pagamento de propina. Ainda conforme a matéria, diálogos interceptados pela PF mostram que o assessor parlamentar dá dicas a pessoas acusadas de participar do esquema sobre como conseguir a aprovação de projetos no ministério.
Por meio de sua assessoria, Santiago informou que José Brito só retornará ao cargo após ficar comprovada sua inocência no caso. Ainda de acordo com o gabinete, a própria PF ressalta que não há qualquer suspeita sobre o deputado e que, por isso, não há motivo para pedir a inclusão de seu nome no inquérito.
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Segundo o Estadão, o relatório da Polícia Federal também sustenta que o assessor parlamentares oferecia alternativas sobre como fazer projetos em nome de organizações não-governamentais (ONGs) no lugar das prefeituras.
O gabinete de Roberto Santiago não repassou à reportagem os contatos de José Brito. Ao jornal paulista, porém, ele classificou como “absurda” a denúncia de que teria ligação com o grupo preso pela PF na semana passada. O desvio, segundo as investigações, seria de cerca de R$ 35 milhões. (Edson Sardinha)