A Mesa Diretora da Câmara decidiu, por unanimidade, arquivar o processo movido pelo deputado Mauro Passos (PT-SC) contra o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS) por quebra de decoro parlamentar. Biolchi foi acusado por Passos de ter feito boca-de-urna a favor da manutenção do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG).
Passos alegou ter recebido um voto de Biolchi. Neste voto já estaria assinalada a opção contrária a cassação do mandato do parlamentar mineiro. O Plenário da Câmara recusou o pedido de cassação do mandato de Queiroz no final do ano passado. Mas a Corregedoria da Câmara entendeu que o processo deveria ser arquivado por falta de provas.
Em sua defesa, Biolchi alegou que Passos pegou "por acidente" uma cédula que ele recebeu a mais na hora de se encaminhar à cabine de votação. O escrutínio de um processo de cassação é secreto, e ainda é feito em voto de papel. Biolchi alega ter recebido por engano duas cédulas e ter deixado uma cair no chão na hora que saiu da cabine de votação. Foi esta cédula que, segundo ele, foi parar por engano nas mãos de Mauro Passos.
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Devido ao arquivamento deste processo, a Mesa da Câmara decidiu também por unanimidade indeferir o pedido feito pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para que fosse anulada a votação na qual Romeu Queiroz foi absolvido. Jungmann alegava em seu pedido que a votação do processo contra Queiroz em plenário foi viciada, devido ao episódio de boca-de-urna relatado por Passos.
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