Thomaz Pires
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, classificou nesta quarta-feira (2) as denúncias contra o governador Arruda (DEM) como “extremamente graves”. Mas segundo o magistrado, ainda é preciso aguardar o avanço nas apurações da Polícia Federal para avaliar o caso com segurança e não cometer atropelos sobre o caso no Judiciário
“Os fatos são extremamente graves, extremamente preocupantes. Vamos aguardar o curso das investigações e as medidas que certamente serão tomadas pelos setores competentes de investigação, pela polícia e pelo Ministério Publico”, disse o presidente do STF.
A situação de Arruda ficou ainda mais delicada nesta manhã. Acusado de operar um esquema de pagamento de propina a secretários e deputados da base aliada na Câmara Legislativa, ele já conta com quatro pedidos de impeachmant. Os pedidos foram feitos pela executiva do Psol no Distrito Federal, por advogados e entidades evangélicas.
Outros dois pedidos de impeachmant deverão ser confirmados até o fim da semana. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) e a liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa do DF são as próximas que deverão protocolar os pedidos.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou na última sexta-feira (27), quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. As investigações tiveram como base os depoimentos do ex-secretário de relações institucionais, Durval Barbosa. Foi do denunciante que partiram as gravações apresentadas para a PF de recebimento de propina envolvendo secretários e deputados da base aliada.
A confirmação da exoneração tanto de Durval como de outros envolvidos na denúncia foi dada no Diário Oficial do Distrito Federal desta quarta-feira, em que foi publicado o afastamento de outros envolvidos com o caso.
Tudo sobre a Operação Caixa de Pandora
Veja os vídeos que atingem o governo Arruda
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