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No sábado (26), o Congresso em Foco revelou que Gurgel denunciou o candidato favorito à presidência do Senado no caso das notas dos “bois de Alagoas”, derivado das suspeitas de ter despesas particulares pagas por um lobista de empreiteira após o parlamentar ter um filho com a jornalista Mônica Veloso. A papelada já soma mais de 5.600 folhas. A expectativa é que Lewandowski leve o caso ao plenário do STF ainda neste semestre. Se a corte aceitar a denúncia, Renan passa a réu em uma ação penal.
Gurgel denuncia Renan no caso dos bois de Alagoas
“O que posso dizer é que foi uma iniciativa extremamente cuidadosa, extremamente ponderada do Ministério Público. Uma iniciativa ponderada, examinada, refletida com o máximo cuidado e extremamente consistente”, afirmou Gurgel aos jornalistas logo depois da sessão do CNJ. De acordo com o procurador-geral, a demora em apresentar a denúncia está relacionada com dois fatores: o tamanho da investigação e a dedicação quase exclusiva ao mensalão no semestre passado.
De acordo com Gurgel, a análise do inquérito que investiga Renan não foi o único que atrasou. Na entrevista, ele rejeitou qualquer motivação política. Em nota divulgada no sábado, a assessoria do peemedebista atacou a decisão do procurador-geral, dizendo que era suspeita e “possui natureza nitidamente política”. “Trata-se de atitude totalmente incompatível com o habitual cuidado do Ministério Público no exercício de suas nobres funções”, diz a nota.
Íntegra da nota de Renan sobre a denúncia da PGR
“Evidentemente não houve, nem há qualquer intenção que isso tenha sido feito por essa ou aquela motivação, no momento em que se aproxima a eleição para a presidência do Senado”, disse Gurgel. O chefe do Ministério Público Federal ressaltou ainda não poder “ficar absolutamente subordinado de forma que uma denúncia só possa ser oferecida num momento em que não haja nenhum inconveniente político”.
A possível eleição de Renan tem encontrado resistências na sociedade civil. Apesar de os colegas senadores estarem inclinados a escolher o peemedebista para presidir o Senado pelos próximos dois anos, manifestações devem ocorrer nos próximos dias. Amanhã, por exemplo, está programada a lavagem da rampa do Congresso como um ato simbólico contra a eleição do senador alagoano.
Sociedade se mobiliza contra a eleição de Renan
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