O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), integrante do Conselho de Ética, avaliou com preocupação a perícia da Polícia Federal sobre documentos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O goiano observou 26 pontos questionáveis. "Tem uma série de inconsistências aqui", declarou ele ao Congresso em Foco, na tarde de hoje (23), no plenário da Casa.
Ele disse que ainda vai se debruçar no fim de semana sobre a investigação do Instituto Nacional de Criminalística (INC). Mas já aponta alguns problemas, como a quantidade de sal comprada por Renan para alimentar o rebanho de gado, fonte de renda do senador. "Ele diz que tem 1.500 cabeças, mas gastou R$ 4 mil em sal. Deveria ter gasto pelo menos R$ 30 mil", lembrou Demóstenes.
O senador desdenhou da sessão que, hoje, às 18h, ouvirá Renan para prestar esclarecimentos. No encontro, só poderão falar o presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e os três relatores que investigam o presidente do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). "Pra quê ir? Para ouvir e não falar? É a mesma coisa que namorar muda", ironizou Demóstenes.
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Renan é investigado pela acusação de receber dinheiro de empreiteira para pagar despesas particulares. Para comprovar que não necessitaria de ajuda, o senador apresentou documentos sobre rendimentos agropecuários. (Eduardo Militão)
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