Cassado no dia 11 de julho pelo plenário do Senado, o agora ex-senador responde a inquérito (3430) no Supremo Tribunal Federal também por causa de suas relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar esquema de jogos ilegais e corrupção. O STF apura se Demóstenes, que sempre se destacou pelo discurso em defesa da ética, praticou corrupção, prevaricação e advocacia administrativa. É suspeito de fazer lobby para Cachoeira. Com a perda do mandato, o inquérito contra Demóstenes deve ser remetido ao Tribunal de Justiça de Goiás em razão da perda do foro privilegiado no STF. Como procurador de Justiça em Goiás, porém, ele continua tendo prerrogativa de ser investigado por um tribunal, neste caso, no Tribunal de Justiça goiano.
A Polícia Federal identificou 416 diálogos telefônicos entre os dois entre 2008 e 2011. Em uma das conversas, Demóstenes se compromete a dar andamento a um projeto que criminalizava os jogos de azar, a pedido do contraventor. Há citações de terceiros de entrega de dinheiro ao senador. Suspeita-se que o ex-parlamentar atuou em órgãos como o Ibama, a Infraero e a Anvisa para beneficiar Cachoeira. Em defesa no Conselho de Ética, Demóstenes diz que a relação entre os dois era apenas de amizade e que jamais cometeu qualquer irregularidade. “Nem tudo o que se diz se faz”, afirmou.
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