Rodrigo Lorenzoni *
Como liberal, sou um defensor da liberdade de manifestação. Não poderia ser diferente. Defendo, sob este mesmo olhar, o direito de ir e vir de todos os cidadãos – e reforço: todos. Nesse sentido, não posso reconhecer como ordeira e democrática uma manifestação que traz prejuízos aos trabalhadores que dependem do transporte público ou que, por meio de violência, impede que empresários abram seus comércios locais.
Na última quarta-feira (24), Brasília foi palco de mais um dia de manifestações e, infelizmente, o Brasil assistiu novamente a atos de vandalismo e depredação de prédios públicos. Sou um defensor das liberdades e faz parte da democracia o debate político, em todas as suas instâncias. Quando vejo violência sendo empregada num processo de convencimento, me preocupo com os rumos da democracia.
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A violência usada por pequenos grupos de interesse coloca suas pautas de lado, por mais legítimas que sejam, trazendo prejuízos não somente àqueles a quem dizem representar, mas a toda liberdade de manifestação conquistada até hoje. A barbárie empregada nos manifestos em Brasília denota a dificuldade que a extrema esquerda tem em dialogar.
Não existirá futuro livre se métodos de ataque violentos, travestidos de manifestos, continuarem sendo a forma de expressão desta esquerda raivosa, sem capacidade de mobilização ordeira, sem diálogo. Seremos todos reféns da vontade de uma minoria que usa da força para empurrar na marra seus pensamentos, que levaram o país à estagnação.
Estamos a poucos passos de colocar nossa democracia em xeque, justamente pela incapacidade que grupos como CUT, MST e UNE têm de dialogar. O terrorismo empregado em seus atos é o retrato do Brasil que eles querem: dividido, amedrontado e sob o julgo de apenas uma ideologia. E, infelizmente, ela é totalitária.
Publicidade* Médico veterinário e empresário.