Mário Coelho
O DEM quer que o Ministério Público Federal (MPF) inicie uma investigação contra o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o comandante da pasta, general Jorge Armando Félix. Na próxima semana, o partido vai entrar com um requerimento solicitando o procedimento investigatório por conta do anúncio do GSI ontem (21), que afirmou em nota que não há imagens, registros de placas de carros nem de autoridades que estiveram no Palácio do Planalto no final do ano passado.
Na quinta-feira (13), o partido protocolou um requerimento na Câmara solicitando à Presidência da República as imagens do circuito interno de segurança da Casa Civil. O objetivo do partido é saber se a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira realmente teve uma reunião com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Enquanto Lina confirma, Dilma diz que o encontro nunca aconteceu. Aprovado pelos deputados, a solicitação foi entregue durante a semana ao GSI.
Entretanto, em nota oficial divulgada ontem, o GSI afirmou que não tem mais as imagens que poderiam comprovar ou não o suposto encontro. o Gabinete afirmou que “conforme as especificações do contrato relativo ao Sistema de Segurança, assinado em 2004, o período médio de armazenamento das imagens varia em torno de 30 dias”. “Desse modo, não mais existem as imagens relativas aos meses de novembro e dezembro de 2008”, disse a nota. Além disso, ressaltou que não existe registro da presença de Lina nesse período.
Em nota publicada no site do partido, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que, caso fique comprovado que houve queima de arquivo público em benefício do próprio GSI ou do Palácio do Planalto, o general Jorge Armando Félix deve ser responsabilizado pelos crimes de destruição de documento público ou ainda sonegação ou inutilização de livro oficial ou qualquer documento. Ele disse também que aguarda resposta da Casa Civil sobre requerimento apresentado pelo líder do DEM na Câmara.
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