Renata Camargo
O requerimento para a criação de uma nova CPI para investigar repasse de recursos públicos para o Movimento dos Sem-Terra (MST) deve ser apresentado na próxima semana. Em menos de dois dias de coleta de assinaturas, 31 senadores aderiram ao pedido e 130 deputados assinaram o documento.
São necessárias 198 assinaturas para instalar a comissão parlamentar de inquérito – 27 nomes de senadores e 171 de deputados. “Acredito que até terça-feira da semana que vem teremos todas as assinaturas necessárias”, disse ao site o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), responsável pela busca de assinaturas na Câmara.
Os parlamentares da bancada ruralista se mobilizaram para instalar a CPI que investigará, sobretudo, os repasses de verbas do governo federal para os movimentos sociais ligados ao campo. Na tarde de hoje (7), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) disse que pretende identificar grupos dentro do governo que apoiam o MST.
Um requerimento para instalar a CPI do MST foi arquivado na semana passada, após a retirada de 45 assinaturas de deputados governistas. A nova tentativa para criar a comissão de inquérito tomou força ontem (6), após as ações de integrantes do Movimento dos Sem-Terra na fazenda Santo Henrique, em São Paulo.
O movimento invadiu uma área considerada produtiva, sob o argumento de que as terras – pertencentes à empresa Cutrale, uma das maiores exportadoras de suco de laranja – são frutos da grilagem. Os integrantes do movimento destruíram cerca de sete mil pés de laranja para plantar feijão e outros alimentos.
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