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PublicidadeMalheiros foi o terceiro advogado a subir hoje na tribuna do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje é a primeira sessão dedicada às sustentações orais das defesas. Antes dele, José Luís de Oliveira, defensor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, afirmou que seu cliente “não é quadrilheiro”. Depois, Luís Fernando Pacheco, responsável por defender José Genoíno, disse que ele não era responsável pelas finanças do partido.
Malheiros usou os adjetivos “pífia” e “rala” para qualificar as as provas levantadas pela Procuradoria-Geral da República. Nos aproximadamente 40 minutos em que fez sua sustentação oral, o advogado do ex-tesoureiro do PT questionou o uso, por parte da PGR, das conclusões tomadas na CPI dos Correios, em 2005. Como o Congresso em Foco mostrou no sábado, as defesas vão contestar provas periciais e o uso do relatório parlamentar na ação penal.
Além das perícias, os advogados pretendem usar os depoimentos prestados durante a investigação como forma de absolver os acusados. Na sexta-feira, Gurgel pediu a condenação de 36 dos envolvidos. Na sustentação oral, Malheiros disse que, com a formação do governo, foram realizadas reuniões para formar alianças políticas com o objetivo de conseguir uma maioria parlamentar.
Por diversos momentos, ele ironizou o fato de, na denúncia, 13 deputados serem acusados de terem vendido seus votos para o governo Lula. “Como se fosse possível comprar uma maioria parlamentar com 13 deputados”, disse. Assim como os defensores de Dirceu e Genoíno, ele comentou que os dias com maiores saques nos bancos Rural e BMG coincidiram com dias de votação que o governo perdeu. “Quanto mais [o governo] traído era, mais dinheiro mandava. Não havia uma relação entre uma coisa e outra”, afirmou.