A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) manifestou nesta segunda-feira (1º) apoio aos delegados que atuaram nas investigações do mensalão e do caso Cachoeira e que, atualmente, respondem a processos administrativos internos por terem concedido entrevistas. Luiz Flávio Zampronha atuou na apuração do mensalão até 2011 e declarou, no ano passado, que o esquema era uma grande operação de lavagem de dinheiro. Matheus Mela Rodrigues presidiu a Operação Monte Carlo e concedeu uma entrevista à TV Globo resumindo o caso meses depois, quando o processo já estava na Justiça.
Os dois “estão sendo vítimas de procedimentos disciplinares com base em normas inconstitucionais que negam o direito de manifestação e à informação”, segundo nota a ADPF. A associação entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a instrução normativa 13/2008, que impede os delegados de concederem entrevistas sem a intervenção das assessorias de comunicação da PF.
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Para a ADPF, a norma viola a liberdade de expressão do cidadão. Para os delegados, os policiais concedem entrevistas “em situações nas quais estes não emitem declarações em nome da instituição, mas sim em nome próprio, na condição de cidadãos brasileiros, sem prejuízo algum ao bom andamento de investigação policial”.
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