Primeiro senador preso no exercício do mandato desde a redemocratização, é acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato e de ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro e só ganhou liberdade em 19 de fevereiro, após fazer acordo de delação premiada. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o senador, seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, e o advogado Edson Ribeiro prometeram uma rota de fuga e uma mesada de R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca de seu silêncio.
Segundo a acusação, a oferta foi feita para que Cerveró não fizesse delação premiada ou que, se colaborasse com as investigações, não apontasse o petista e o banqueiro como beneficiários do esquema. O advogado de Delcídio, Maurício Silva Leite, questiona a procedência das acusações contra o senador, que partiram de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de desvio de recursos da Petrobras. “Questiona-se o fato de que as imputações tenham partido de um delator já condenado, que há muito tempo vem tentando obter favores legais com o oferecimento de informações”, afirma.
Um terço do Senado responde a acusação criminal
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