O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse hoje que considera precipitada a prorrogação das atividades da comissão, defendida ontem pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Na avaliação do senador, a prorrogação poderia comprometer o relatório final da CPI, que deve ser apresentado até o dia 21.
“Já temos muitas informações, algumas que não foram divulgadas e que ainda podem responder a algumas questões. Temos de tomar cuidado para não perder o foco”, disse.
A oposição colhe assinaturas para esticar as investigações. Para manter o cerco sobre o governo, os oposicionistas defendem a apuração das denúncias publicadas esta semana pela revista Veja. De acordo com a reportagem, 55 dos 81 deputados do PMDB teriam recebido mensalão, ou seja, dinheiro para votar com o governo. A matéria também se reporta a um suposto esquema de corrupção montado na usina de Itaipu para abastecer o caixa dois de partidos aliados.
“Mensalão era responsabilidade da CPI do Mensalão. Nós, de posse das informações, resolvemos fazer um cruzamento das investigações. Mas qualquer pessoa que confirme os 55 nomes não estará sendo correta. Qualquer afirmação nesse sentido eu considero que não corresponda à realidade”, disse Delcídio.
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Já o deputado Osmar Serraglio argumenta que nada deve deixar de ser investigado. “Se investigar depender de prorrogação, eu defendo a prorrogação”, afirmou. O relator defende duas saídas: ou que se crie uma nova sub-relatoria para investigar o PMDB com sub-relator indicado pela comissão ou que se crie uma nova CPI. “Qualquer coisa que eu fale vai dar a impressão de que estou defendendo (o partido)”, disse o peemedebista.
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