[fotografo]Geraldo Magela/Ag. Senado[/fotografo]
Paulo Roberto Costa foi o primeiro a aderir à delação premiada. Além de colaborar com investigações, comprometeu-se a devolver R$ 70 milhões
Cinco delatores da
Operação Lava Jato se comprometeram a devolver aos cofres públicos o equivalente a R$ 423 milhões desviados por meio de fraudes e corrupção, de acordo com levantamento do jornal
O Globo. A devolução dos recursos, atualmente bloqueados em contas no Brasil e no exterior, depende de decisões judiciais burocráticas. O maior montante está em nome do ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, apontado como braço direito do ex-diretor de Serviços Renato Duque, preso na última sexta-feira (14). Os dois são apontados por investigadores como operadores do PT no esquema.
Barusco só não foi preso porque fez um acordo com as autoridades, comprometendo-se a revelar o que sabe do caso e a devolver R$ 100 milhões, algo em torno de R$ 253 milhões. É o maior volume de recursos a ser devolvido a partir de delação premiada no país, destaca o repórter Jailton Carvalho. A maior quantia, até então, dizia respeito aos valores desviados pelo ex-operador do mensalão do DEM no Distrito Federal Durval Barbosa, cerca de R$ 100 milhões.
A série de confissões e devolução de dinheiro desviado começou com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Ele se comprometeu a devolver R$ 70 milhões. Em seguida, foi a vez do doleiro Alberto Youssef, que assumiu o compromisso de entregar R$ 50 milhões. Dois executivos da Toyo Setal também fizeram acordo para devolver, juntos, R$ 50 milhões.
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