Uma série de depoimentos foi dada por Pessoa, “personagem central do escândalo da Petrobras”, a investigadores do Ministério Público nos últimos dias. Em uma das delações, o empreiteiro – que cumpre liberdade condicional depois de ficar meses preso – diz que o atual chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, convenceu-o a doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma.
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“O senhor tem obras no governo e na Petrobras, então o senhor tem que contribuir. O senhor quer continuar tendo?”, teria dito Edinho, segundo um relato de Pessoa registrado em trecho da reportagem de Veja, que continua: “Mas há outro complicador para Edinho: quem apareceu em nome dele para fechar os detalhes da ‘doação’, segundo Pessoa, foi Manoel de Araujo Sobrinho, o atual chefe de gabinete do ministro. Em plena atividade eleitoral, Manoel se apresentava aos empresários como funcionário da Presidência da República”, diz a revista.
A reportagem lembra ainda que Ricardo Pessoa foi apontado como o chefe do grupo intitulado “clube do bilhão” pelos investigadores da Lava Jato, em referência ao grupo de empreiteiras que fraudavam contratos com a Petrobras por meio de propina paga a políticos e diretores da estatal. Para Veja, o conjunto de informações reunidas por Pessoa é “verdadeiro inventário da corrupção”. Todos os políticos acusados na Lava Jato negam as acusações.