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“Antes de a reunião terminar, recomendou que acertassem a logística do repasse do dinheiro com ‘o Dr. Charles’, seu assessor no comitê. E assim foi feito”, diz a reportagem. O ministro nega ter participado do encontro, solicitado ou recebido recursos de origem ilícita para a campanha eleitoral.
Em sua delação premiada, o ex-dirigente da Petrobras já havia mencionado o pedido do ex-ministro. Segundo Paulo Roberto, o dinheiro tinha sido providenciado pelo doleiro Alberto Youssef. Mas o doleiro negou ter conhecimento da transação. Os dois não recuaram de suas declarações nem mesmo em acareação na CPI da Petrobras.
Segundo a reportagem de Veja, a propina foi entregue em um hotel na capital paulista. “No dia indicado, um dos carros blindados do doleiro Youssef estacionou na garagem de um conhecido hotel de São Paulo, e uma mala cheia de reais foi desembarcada e entregue a um homem que já a aguardava”, afirma o repórter Robson Bonin.
De acordo com a revista, Youssef não mentiu ao negar ter repassado dinheiro a Palocci. Segundo a reportagem, ninguém informou ao doleiro que a entrega atendia a uma solicitação do ex-ministro. “Youssef, que era o distribuidor de propinas aos parlamentares do PP, contou que, no dia indicado, ele de fato encheu uma mala com maços de dinheiro, amarrou outros pacotes ao próprio corpo e dirigiu-se num carro blindado para o hotel Blue Tree, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.”
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