Barusco, que pretende diminuir sua pena por meio da delação premiada, disse no mesmo depoimento que o PT, segundo estimativas do próprio depoente, recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propina, entre 2003 e 2013, de 90 dos mais valiosos contratos de empreiteiras com a Petrobras. Um deles seria a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele disse ainda que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, teve participação nos repasses irregulares.
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O ex-gerente disse ter recebido, em nome de Duque, cerca de US$ 40 milhões entre 2003 e o fim de 2011, repassados para contas no exterior. Ele admitiu ainda ter recebido, mensalmente, valores que totalizaram entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, em subornos também pagos em reais.
Segundo o site do jornal Folha de S.Paulo, que descreve detalhes alguns caminhos trilhados pelas propinas, Barusco guardava o dinheiro desviado em uma caixa, dentro da própria casa. O montante, em espécie, servia para o custeio de despesas pessoais e para repasses em dinheiro a Renato Duque.
“De acordo com o ex-gerente, até presidentes de empreiteiras faziam pagamento de suborno sem usar intermediários. Ele cita o ex-presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Collares (que deixou o cargo há dois anos), com um dos que ‘agia diretamente como operador do pagamento de propinas’. O dono da GDK, César Oliveira, também agia dessa forma, ainda de acordo com Barusco”, diz trecho da reportagem do jornal paulista.
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