De acordo com a reportagem, a delação de Cleto, que ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aponta o doleiro Lúcio Bolonha Funaro como um dos operadores da propina destinada a Cunha. Os investigadores sustentam que Funaro pagou por um Land Rover Freelander e um Hyundai Tucson, que estão em nome da C3 Produções Artísticas, empresa de Cunha e da jornalista Claudia Cruz, sua esposa.
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O doleiro e o deputado aparecem juntos também em investigação da Comissão de Valores Mobiliários sobre desvios de recursos do Prece, o fundo de pensão dos funcionários da Cedae (Companhia de Água e Esgoto do Rio de Janeiro). Segundo o Globo, Cunha é acusado ainda de usar a Câmara para atender interesses de Funaro contra o Grupo Schahin, num negócio de R$ 1 bilhão.
Cunha foi responsável pela indicação de Cleto para uma das vice-presidências da Caixa. De acordo com a reportagem de Jailton de Carvalho, o delator contou que o dinheiro destinado ao deputado passou por contas em vários países, entre eles Suíça e Uruguai. Ele ainda confirmou as denúncias dos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, donos da Carioca Engenharia, que confessaram o pagamento de R$ 52 milhões em propina para Cunha, em troca da liberação de recursos do FI do FGTS para financiar obras imobiliárias da OAS, da Odebrecht e da Carioca Engenharia no Porto Maravilha, no Rio.
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