De acordo com o Globo, o ex-senador respondeu a todas as perguntas feitas pelos investigadores da Procuradoria-Geral da República sem qualquer restrição. O acordo foi homologado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na corte.
Leia também
Machado fez revelações sobre a atuação de seus padrinhos políticos, que o mantiveram por mais de dez anos à frente da empresa. Integrantes da cúpula peemedebista temem pela divulgação de outras gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, que se filiou ao PMDB em 2003 para assumir o comando da empresa, após exercer mandato de senador pelo PSDB. Nos áudios divulgados até agora, os tucanos são sempre lembrados por Machado.
Em áudio, Sarney promete ajudar alvo da Lava Jato
Ele seguiu na Transpetro mesmo depois de ser acusado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de receber propina em troca de contratos. Paulo Roberto contou que Machado lhe entregou pessoalmente R$ 500 mil como “comissão”. Segundo a reportagem de Jailton de Carvalho, a arrecadação ilegal para políticos detalhada por Machado está ligada a fornecedores da subsidiária.
“Deus me livre! Delcídio é o mais perigoso do mundo”, diz Renan em gravação; leia
Conforme o Globo, ainda não se sabe se, na delação, o ex-presidente da Transpetro falou sobre arrecadação para campanha ou para benefício pessoal dos personagens citados por ele. Machado resolveu fazer a delação premiada no início do ano, quando descobriu que um executivo de empreiteira entregou uma conta utilizada pelo peemedebista para movimentar dinheiro ilegal.