José Carlos Dias, responsável pela defesa da ex-presidenta do Conselho Administrativo do Banco Rural, Kátia Rabello, afirmou nesta terça-feira (7) que sua cliente não teve envolvimento com os empréstimos contraídos pela agência de publicidade SMP&B e depois repassados ao PT. Ela é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas.
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Para o advogado de Kátia, a absolvição deve ocorrer não pela falta de provas, mas “pela abundância de provas pela inocência”. Ele ressaltou que ela assumiu o comando do banco por uma “sequência de tragédias” e que, apesar de ter se preparado para a função, não é vocacionada para a função. “Uma mulher inteligente que procurou se preparar, mas não era vocacionada para isso”, afirmou.
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Apesar de ressaltar que não quer “colocar a culpa no morto”, disse que os empréstimos eram de responsabilidade de José Augusto Dumont, morto em 2004. Ele era o vice-presidente da instituição financeira. De acordo com a defesa, Kátia só foi responsável pela renovação de um dos empréstimos feitos pela empresa. E, continuou Silva, cobrava a cada três meses de Marcos Valério o pagamento dos empréstimos tomados pela agência de publicidade. De acordo com a denúncia da PGR, eram os empréstimos que financiavam o mensalão.
A sustentação oral de José Carlos Dias foi a última desta terça-feira. A sessão correu o risco de ser adiada por causa da ausência da ministra Cármen Lúcia. No entanto, por unanimidade, os integrantes da mais alta corte do país decidiram manter o julgamento. Amanhã, estão previstos as intervenções dos defensores de José Roberto Salgado, Vinícius Samarane, Ayanna Tenório de Jesus, João Paulo Cunha e Luiz Gushiken.
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