A defesa dos executivos da empreiteira OAS pediu hoje (20) à Justiça Federal o desbloqueio de parte das contas-correntes e poupanças em nome dos réus, presos desde novembro passado na Polícia Federal, em Curitiba, na sétima fase da Operação Lava Jato. A questão deve ser avaliada a partir de amanhã (21) pelo juiz Sérgio Moro, que retorna de férias.
Na petição, os advogados de José Adelmário Filho, presidente da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional, e de José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da empreiteira, pedem para o juiz esclarecer o alcance do bloqueio judicial de R$ 20 milhões.
Segundo a defesa, o bloqueio deve limitar-se ao valor determinado, no entanto, os bancos estão restringindo a movimentação das contas. “É oportuno esclarecer que as incertezas têm causado transtorno aos requerentes e às suas famílias, seja pela impossibilidade de receber livre e legalmente os seus salários, seja pela impossibilidade de movimentação para sustento familiar”, argumentam os advogados.
Na terça-feira (13), a juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro no plantão judicial, decidiu manter bloqueadas as contas e fundos de investimentos dos réus investigados na Lava Jato. A decisão foi motivada por recursos dos advogados dos investigados contra o bloqueio, feito para garantir o ressarcimento em caso de condenação.
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Na mesma decisão, a juíza determinou que as contas do diretor da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, que também foi preso em novembro do ano passado, fiquem livres para serem movimentadas pelos titulares, sem prejuízo do bloqueio do valor total de R$ 20 milhões. Os advogados de Pessoa pediram à Justiça que a esposa dele fosse autorizada a movimentar a conta para pagar as despesas da família.
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