Fartamente citados pelo candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, os escândalos envolvendo a Petrobras dividem o comando da campanha petista. Reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira informa que os principais aliados da presidente Dilma Rousseff defendem maneiras diferentes de a mandatária tratar do tema na reta final da corrida ao Planalto.
Enquanto um grupo avalia que Dilma deveria reconhecer os erros na estatal, mas garantir que todos os corruptos serão responsabilizados, outros aliados entendem que a melhor estratégia é seguir defendendo a reforma política como principal remédio para a corrupção.
A reportagem apurou que o primeiro grupo é formado pelo marqueteiro João Santana, o governador da Bahia, Jaques Wagner, um dos coordenadores da campanha, Miguel Rossetto, e o governador eleito de Minas, Fernando Pimentel.
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Entre os defensores de uma abordagem mais genérica estão o presidente do PT, Rui Falcão, o ministro licenciado da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e outro coordenador da campanha, o jornalista Franklin Martins. A tese defendida por esse grupo prevalece até o momento.
O principal temor deste último grupo é de que admitir os erros, tese à qual Dilma tem simpatia, possa alimentar o fogo tucano contra a campanha petista. A presidente também teme que, ao adotar essa estratégia, ela acabe comprando uma briga desnecessária com o PT na reta final da campanha.
Há, no entanto, o temor de que novos fatos alimentem o escândalo nas duas próximas semanas, o que tornaria ainda mais delicada a situação. Apesar de pesquisas internas apontarem que o escândalo na Petrobras já tirou todos os votos que poderia tirar do PT, o comando do partido ainda prefere alimentar a versão de que trata-se de “armação política”.
Veja a íntegra da reportagem no site do jornal
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