A defesa de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), recorreu nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que as acusações não sejam julgadas pela Corte. Em petição enviada no início da tarde ao ministro Marco Aurélio, relator do caso, os advogados de Andrea pedem o desmembramento do processo e o envio da investigação para a primeira instância da Justiça.
Na investigação aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões feito pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS. Em depoimento de delação, o empresário também afirmou que Andrea teria solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.
A defesa argumenta que Andrea Neves não tem foro privilegiado e, por isso, não pode ser julgada pelo Supremo. Os advogados ainda reiteraram novo pedido para que a irmã de Aécio, que está presa há um mês, em Belo Horizonte (MG), seja libertada.
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Na semana passada, por 3 votos a 2, a Primeira Turma da Corte decidiu manter a prisão da irmã de Aécio. Durante o julgamento, sem contestar o mérito das acusações, a defesa de Andrea pediu a substituição da prisão por medidas cautelares. Segundo os advogados, Andrea já foi denunciada pela PGR e, por isso, não há necessidade da manutenção da prisão para garantir o andamento das investigações, conforme sustenta a procuradoria.
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