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Ontem, Cunha disse ter recebido a gravação de um policial federal. Segundo ele, a cúpula da Polícia Federal teria armado o diálogo para prejudicá-lo. No entanto, ponderou que pode haver uma disputa de poder na corporação. Por isso, citou nomes apenas para o ministro interino da Justiça, Marivaldo Pereira. Depois, pelo Twitter, reforçou que não acusou o governo de atuar em favor de Chinaglia e disse não ter comprado versões sobre o caso. Mesmo assim, ao convocar a imprensa para revelar a situação, deixou integrantes do governo irritados.
“Esta acusação é absolutamente indevida”, disse Fontana. Para ele, é “algo inaceitável” convocar a imprensa e mostrar a gravação, assim como a tentativa de envolver o governo no caso. “Uma coisa é pedir investigação (…) mas não imediatamente politizar isso. Quem é candidato deve esta preparado para ganhar ou perder. (…) Não é nada democrático”, comentou, acrescentando que “não há cooptação” de aliados com oferecimento de cargos em troca do voto em Chinaglia. “[A disputa na Câmara] não tem vínculo de formação de governo.”
Indecisos
Para o líder do governo, um dos principais coordenadores da campanha de Chinaglia, o resultado da eleição pela presidência da Câmara é “imponderável”. Segundo ele, existem entre 150 e 200 deputados que ainda não decidiram em quem votar em 1 de fevereiro. Quase metade dos integrantes da Casa são novatos ou que não foram eleitos em 2010. Por isso, ele considera que o lançamento precoce da campanha de Cunha pode favorecer o candidato petista.
Na visão do líder governista, a candidatura de Cunha passa por um “momento de fragilização”. Por isso, ele também critica o fato de Cunha adiantar que haverá sequelas caso Chinaglia vença a disputa. “O que não pode, seja o PSDB ou o Eduardo, é impugnar os votos que o Arlindo conseguir”, comentou Fontana.
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