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Em dezembro, ao analisar um mandado de segurança apresentado pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), Fux derrubou a urgência do veto parcial da presidenta Dilma Rousseff ao projeto que criava um novo modelo de divisão dos royalties do petróleo. A decisão do ministro acabou cercada de controvérsia. Mesmo vindo a público três vezes para esclarecer o alcance da liminar, ele não conseguiu afastar as dúvidas sobre o caso.
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Primeiro, foram parlamentares da oposição que questionaram a possibilidade de votar outras propostas além dos vetos. Na decisão, Fux disse que as negativas presidenciais deveriam ser analisadas em ordem cronológica, sem prejuízo de outras proposições. No entanto, a Constituição Federal prevê o trancamento da pauta do Congresso se as rejeições não forem analisadas em até 30 dias.
PublicidadeCongresso na espera do STF para votar orçamento
Depois, foi o próprio governo que engrossou o coro da dúvida. Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou, em petição protocolada no STF, que os prejuízos da União poderiam chegar a R$ 1 trilhão, entre despesas futuras e retroativas. Além disso, pediu para a corte se manifestar e que o orçamento 2013 não fosse votado enquanto isso. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reforçou o pedido aos líderes da base.
Planalto quer decisão do STF sobre vetos
Questões orçamentárias e tributárias preocupam o governo. Entre os vetos temidos e que estão sob o risco de serem derrubados, estão o do fim do fator previdenciário (mecanismo redutor de aposentadorias), o do Código Florestal, o da Emenda 29 (destina mais recursos para a saúde) e aquele referente à lei dos royalties.
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No mesmo dia, estão previstos para análise dos ministros do STF 22 diferentes casos. Entre eles, ações diretas de inconstitucionalidade e recursos. Apesar de ser o nono item da pauta, depende do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, chamar o mandado de segurança para julgamento. Caso não dê tempo de ser analisado na quarta, a votação será transferida para o dia seguinte.