“A unanimidade do Tribunal Superior Eleitoral reconheceu, até com palavras candentes dos ministros, o esforço que foi feito para a criação dessa legenda, que não será, exclusivamente, mais uma, com todo respeito às demais, mas será uma legenda que vai mostrar que o discurso e a prática são absolutamente iguais”, declarou em plenário. Em seu discurso, Miro também agradeceu ao Pros pela “filiação temporária democrática”. Outros parlamentares discutem sua filiação à Rede com o comando do novo partido.
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O deputado se filiou, em outubro de 2013, ao então recém-criado Partido Republicano da Ordem Social, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro da Rede por considerar que o grupo de Marina não havia obtido as 484.169 assinaturas necessárias para a criação de nova legenda. Em maio deste ano, a direção do Rede entregou mais 56 mil assinaturas, chegando a 498 mil signatários. O pedido só foi examinado nessa terça-feira pela Justiça eleitoral.
Em vez de se filiar ao PSB, como Marina Silva, Miro optou pelo então recém-criado Pros para não correr o risco de ter o mandato reivindicado por seu partido anterior, o PDT. Filiar-se a uma legenda recém-fundada é uma das possibilidades admitidas para a troca de sigla sem que isso configure infidelidade partidária.
Miro chegou à Câmara em 1971, para o seu primeiro mandato. De lá para cá, só esteve fora de uma legislatura, quando concorreu sem sucesso ao governo do Rio de Janeiro. Aos 70 anos, o deputado se aproxima do recorde de mandatos. Ele tem o mesmo número de legislaturas que os ex-presidentes da Câmara Ulysses Guimarães (PMDB-SP) e Henrique Eduardo Alves (PMDB), atual ministro do Turismo. Os dois só perdem para o ex-deputado baiano Manoel Novaes, que teve 12 mandatos, entre 1933 e 1982.
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