De volta ao Ministério dos Transportes um ano após ter deixado a pasta, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) reassume o cargo sob uma série de denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas durante sua campanha eleitoral.
Ele é acusado pelo ex-senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) de ter usado um CNPJ falso no início da disputa. Com isso, ele não poderia ter recebido doações oficiais para comprar material de campanha. De acordo com a Folha de S. Paulo, a segunda denúncia contra Nascimento se refere a um processo movido por Pauderney Avelino (PFL), outro adversário derrotado na corrida ao Senado, sobre uso de material de campanha que não teria sido declarado.
O Ministério Público Eleitoral também move uma ação contra o senador por compra de votos. Ele é acusado de ter pagado combustível para que pessoas participassem de carreatas em favor de sua candidatura. A Justiça Eleitoral apreendeu santinho da campanha de Nascimento com 36 requisições para utilizar cinco litros de gasolina cada uma.
O senador nega as acusações e diz que elas foram feitas por adversários políticos inconformados com os 629 mil votos que garantiram sua eleição.
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Fora da disputa eleitoral, o Tribunal de Contas da União (TCU) também encontrou problemas em processos analisados da Operação Tapa Buracos. As obras emergenciais nas estradas foram idealizadas por Nascimento, quando ele ainda era ministro, no início do ano passado.
Além disso, parlamentares da oposição afirmam ter ouvido relatos de deputados que foram sondados para se filiar ao PR, por Alfredo ou emissários, em troca de cargos e liberação de verbas administradas pelo Ministério dos Transportes, cujo orçamento para este é estimado em R$ 11 bilhões. Originado da fusão entre PL e Prona, o PR engordou sua bancada de 25 deputados federais para 38. (Edson Sardinha)
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