O levantamento traz ainda outros dados negativos para Dilma: a deterioração de sua popularidade em todos os segmentos sociais e regiões do país, inclusive no Nordeste, seu principal reduto eleitoral, e o agravamento do pessimismo dos brasileiros. Segundo o Datafolha, 60% dos entrevistados acreditam que a situação econômica do país vai piorar, índice mais expressivo desde 1997, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Leia também
De acordo com a pesquisa, os maiores índices de rejeição a Dilma foram apurados nas regiões Centro-Oeste (75%) e Sudeste (66%), nas cidades com mais de 200 mil habitantes (66%), entre os eleitores com escolaridade média (66%) e nos grupos com renda mensal familiar de dois a cinco salários mínimos (66%).
O índice de aprovação ao governo também alcançou baixa histórica (13%), o mesmo atingido por Fernando Henrique em 1999, quando o país sentia os efeitos da desvalorização do real. Só Itamar Franco (12%), em 1993, no auge do escândalo dos anões do orçamento, e Collor (9%), às vésperas do impeachment, tiveram aprovação menor. Em seu pior momento, em dezembro de 2005, após a cassação de José Dirceu no processo do mensalão, Lula era aprovado por 28%.
O Datafolha ouviu 2.842 eleitores logo após as manifestações de domingo. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Veja mais sobre a pesquisa na Folha de S.Paulo
Publicidade