O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaça deflagrar processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff caso o PT não ajude a salvar o mandato dele, segundo a Folha de S.Paulo. De acordo com o jornal, petistas que sinalizavam votar contra Cunha discutem a possibilidade de, “em nome da governabilidade”, rever a posição e votar para enterrar o processo de cassação.
Segundo a reportagem, a ameaça de Cunha foi feita em almoço com o vice-presidente, Michel Temer. Conforme o relato feito pela Folha, o deputado disse que esperaria a posição dos três petistas que participam do Conselho de Ética para, então, decidir o que fazer com os pedidos de impeachment. Temer e Cunha negaram ter discutido o assunto.
De acordo com o jornal, o presidente da Câmara acusa o Planalto de estar por trás da acusação de que ele recebeu R$ 45 milhões do BTG Pactual para incluir mudança em uma medida provisória. O peemedebista diz ser vítima de uma “armação”. No último domingo, a Procuradoria-Geral da República citou a descoberta de um documento, com informação que atribuía o repasse do dinheiro a Cunha e ao PMDB, na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira. Delcídio, Diogo, o banqueiro André Esteves, do BTG, e o advogado Edson Ribeiro estão presos acusados de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
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O Conselho de Ética da Câmara se reúne às 14h30 para analisar o parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) pela continuidade do processo de cassação de Cunha.Segundo a Folha, o Planalto pediu aos deputados petistas que evitem confronto com o peemedebista com receio de que a crise política inviabilize a aprovação da revisão da meta fiscal e da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), o que agravaria a crise econômica.