A documentação apresentada pelo Ministério Público suíço ao Brasil aponta o argentino Jorge Haiek Reggiardo e o uruguaio Luis Maria Pittaluga como controladores da offshore Netherton Investment, de Cingapura, empresa usada para abrir uma das contas de Cunha no banco.
A prática é corriqueira entre aqueles que buscam ocultar a real propriedade de ativos no exterior. O esquema funciona da seguinte maneira: abre-se uma offshore que, por sua vez, pode estar ligada a outras. Essas empresas têm como laranjas os funcionários de escritórios de advocacia especializados nesse tipo de operação. A conta bancária na Suíça é registrada em nome de uma das offshores, mas apenas o banco conhece seu real beneficiário.
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O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, utilizou um esquema semelhante. Cerveró fez uso da offshore Forbal Investment, de Belize, que também tinha Luis Maria Pittaluga como diretor, para abrir sua conta no exterior. Levantamentos conduzidos pelo jornal indicam que Reggiardo e Pittalunga aparecem como “sócios” em várias companhias no Panamá, e a constituição de todas elas segue o mesmo roteiro: aquelas que têm como sócios os controladores da conta de Cunha na Suíça têm o mesmo capital social de US$ 10 mil, além dos mesmos presidente, tesoureiro e secretário — que se revezam nos cargos — e o mesmo agente residente no país.
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