Segundo Cunha, o procedimento que será aplicado sobre o pedido foi definido pelo vice-presidente Michel Temer, quando ele foi presidente da Câmara. Ao jornal, o peemedebista não informou se irá se posicionar pela rejeição ou aprovação do requerimento de Bicudo, que é apoiado pelo PSDB. Sobre o pedido de afastamento de cargo que recai sobre Cunha, o presidente da Câmara disse mais uma vez que não se afastará nem renunciará à presidência. “Minha atuação será normal (na terça-feira). Vou tomar uma decisão”, disse Cunha.
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Os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) protocolaram junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma representação e dois mandados de segurança para tentar barrar a tramitação dos pedidos de impeachment que correm contra a presidente. Cunha manteve seu argumento. “O deputado Paulo Teixeira ir ao STF é um direito dele, mas a minha decisão de questão de ordem (apresentada pelo líder do DEM, deputado Mendonça Filho) está correta e seguiu a mesma decisão de Michel Temer quando era presidente (da Câmara)”, respondeu Cunha.
Nos bastidores, petistas tem dito que Cunha usa do pedido de impeachment para pressionar a substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por Michel Temer. Cunha nega ter defendido que o vice-presidente ocupe o ministério e diz não ter falado sobre o tema “com ninguém”. No entanto, segundo fontes do jornal, o peemedebista tem dito que os vazamentos seletivos sobre a Operação Lava Jato são fruto da má atuação de Cardozo.