O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou que a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff será no próximo domingo (17). O peemedebista disse que o rito da votação será definido nesta terça-feira, em reunião com líderes partidários. Os deputados devem se reunir na sexta, a partir das 9 horas, e no sábado para discutir o relatório da comissão processante, aprovado ontem por 38 votos a 27 (veja como os deputados votaram).
Cunha diz que pretende dar palavra a um dos autores do pedido de impeachment – Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior ou Janaína Paschoal – e depois à defesa, que deve ser feita pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, antes de começar a discussão. Manifestantes favoráveis e contrários ao afastamento da presidente Dilma chegam a Brasília para acompanhar a votação. O deputado ignorou o apelo do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), para que a decisão ocorresse em dia útil, por questões de segurança.
“Cada sessão que é convocada, os líderes têm direito de pedir o tempo de liderança, ou seja, isso atrasa e arrasta a sessão. Estou prevendo que na sexta-feira faremos três ou quatro sessões e no sábado três sessões para, no domingo, a gente fazer a sessão derradeira”, afirmou.
Leia também
Pelo Regimento Interno da Câmara, cada partido tem direito a falar por uma hora. Esse tempo pode ser dividido por até cinco deputados. A previsão do presidente da Casa é que as discussões na sexta e no sábado se arrastem pela madrugada, para que no domingo a votação ocorra durante o dia.
A Mesa Diretora da Câmara adotou medidas extras de segurança para o acesso à Casa entre os dias 14 e 21 de abril. Nesse período, a passagem será restrita a parlamentares, servidores, prestadores de serviços e credenciados. Todos os que acessarem a Câmara, inclusive servidores e imprensa, deverão passar pelo pórtico detector de metais. Quem portar bolsas, volumes ou bagagem de mão também deverá passar por inspeção no raio-X.
Com informações da Agência Brasil