O local, alugado pelo PMDB, está recheado de cartazes, placas e demais materiais de campanha de Cunha, com um staff de apoiadores sempre a postos para recepcionar os parlamentares novatos. Batizado com referência ao estadista britânico Winston Churchill (1874-1965), o lounge é conhecido pela clientela seleta e familiarizada com os atores do poder na capital.
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“À porta, duas recepcionistas checavam a lista dos futuros deputados, distribuíam broches e ofereciam o que chamaram de ‘coffee break’: diferentes tipos de bolo, salada de fruta, pão-de-queijo, croissant e bebidas. Elas vestiam uma camiseta especialmente confeccionada para a campanha. Enquanto os coordenadores de campanha conferiam a relação de deputados que se registravam no hotel, um telão exibia as cenas da entrevista concedida por Eduardo Cunha ao programa de televisão ‘Canal Livre’ [TV Bandeirantes]”, diz trecho de reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
A escolha do local não foi aleatória. O Meliá, um dos mais luxuosos hotéis de Brasília, foi o hotel escolhido pela Câmara para acomodar 223 deputados para a posse e a eleição da Mesa Diretora da nova legislatura (2015-2018). Segundo reportagem do mesmo jornal paulista, se todos usufruírem da benesse, a despesa para os cofres públicos pode chegar a R$ 146,2 mil, na hipótese de que cada um deles use as três diárias (R$ 218,66 ao dia) a que têm direito.