“[O efeito] é positivo, porque a revolta daqueles que assistiram tudo isso… Eu só encontro solidariedade e revolta. Eu acho que ganhei muitos votos daqueles que estavam. Tenho certeza que outras candidaturas perderam votos”, disse o peemedebista. Ele está em Brasília para discutir o andamento da campanha com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
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Em reportagens de jornais, ele e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foram apontados como beneficiários do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. O Estado de S. Paulo publicou que o doleiro Alberto Youssef disse em delação premiada ao Ministério Público Federal que o lobista Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema, fez repasses ao líder do PMDB.
Já a Folha de S. Paulo publicou que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, entregou dinheiro de propina para Anastasia e para Cunha em um endereço no Rio de Janeiro. Na visão do deputado peemedebista, as duas reportagens foram desmoralizadas pelo desmentido do advogado de Youssef e pela revelação que o local informado por Careca estava errado.
“Num primeiro momento ela foi desmoralizada por si mesmo. Os endereços equivocados não correspondiam a mim. Depois, partiram para uma segunda linha difícil de responder porque dizia que eu supostamente estaria citado na própria delação. E agora o advogado desmentiu isso também”, disse Cunha ao comentar sobre as reportagens.
Assim como fez ontem no Twitter, o líder do PMDB voltou a usar uma expressão que remete o caso ao “bando de aloprados”, como o ex-presidente Lula se referiu aos petistas presos em 2006 acusados de tentar comprar um dossiê contra o então governador de São Paulo José Serra (PSDB). “Então eu diria que isso é uma alopragem e essa alopragem foi desmoralizada, tentaram criar um constrangimento na minha candidatura através de denúncias falsas, vazias, com o intuito de beneficiar outras candidaturas. Certamente foi um tiro na água, de festim”, disparou.
PublicidadeCunha, que está em campanha pela presidência da Câmara, disse também acreditar que a eleição se resolverá no primeiro turno. Segundo ele, sua ideia é passar pelas 27 unidades da federação pelo menos uma vez até a semana anterior ao pleito. Disputam com ele a principal cadeira da Câmara os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG).