Ao participar do ciclo de entrevistas das eleições 2006 do grupo Estado, o candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, propôs um pacto para equilibrar as contas públicas. Se for eleito, Cristovam falou que irá reunir as “forças nacionais” para encaminhar um pacto para deter o crescimento vegetativo das contas públicas.
“Se a gente conseguir dar uma estancada (nos gatos públicos), vai sinalizar para o mercado que vai equilibrar as contas. Aí, a taxa de juros vai cair”, disse Cristovam, citando uma troca do atual circulo vicioso por um círculo virtuoso.
O senador disse que Lula está cada vez mais distante do PT, partido do qual Cristovam fez parte. Para o pedetista, o segundo mandato do presidente praticamente excluirá o PT. “O Lula vai cair nos braços de outro partido. Ninguém sabe quem irá rodeá-lo num segunda mandato”, destacou.
Segundo Cristovam, a elevação dos aportes na educação não depende do pacto sugerido. “Precisa tão pouco para a Educação, que dá para tirar de algumas rubricas (do Orçamento)”.
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Ao ser questionado sobre quem seria seu ministro da Fazenda, Cristovam sorriu e disse: “Eu estou com 1% nas pesquisas e vou nomear ministro da Fazenda?”. Apesar de não ter dito um nome, ele citou o perfil que acredita ser necessário para o cargo. “Ter o compromisso de casar estabilidade e desenvolvimento.”
Durante a sabatina, o ex-ministro voltou a falar sobre o seu assunto preferido: educação. “A educação deve se transformar no motor do processo civilizatório do país”. Para depois acrescentar:”Eu não vejo outra alternativa para que a gente dê um salto, chegue ao futuro, ingresse no século 21, seja uma sociedade moderna”, destacou Cristovam, esquecendo que já está no século XXI.
MST
O senador e ex-governador de Brasília também declarou que o Brasil precisa virar a página da questão agrária. “Temos que fazer o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ser desnecessário. Não dá para termos no século XX um movimento como o do MST”, afirmou. Para Cristovam, deve-se reunir o MST, o Judiciário, o agronegócio e os pequenos produtores e discutir como “virar a página do tempo das capitanias hereditárias”.
No entanto, Cristovam não esclareceu o que deve ser feito para resolver a questão. “Prefiro não me ater a números, pois isso depende de muitas coisas. Depende da Justiça e de recursos, por exemplo. Eu só assumo compromisso com aquilo que sei que dá para fazer: a educação.”
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