O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (DEM), se reuniu há pouco com o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), para esclarecer os motivos do vazamento da conversa que teve com o ex-chefe da Casa Civil do estado, Cezar Busatto. A divulgação da conversa culminou na demissão de Busatto e outro três assessores diretos da governadora Yeda Crusius (PSDB).
Nas gravações, Cezar Busatto admite que órgãos estaduais de administração pública financiam determinadas siglas, com o conhecimento de membros do governo.
Durante entrevista coletiva, Rodrigo Maia voltou a contestar a forma como foi divulgada a conversa entre Feijó e o ex-chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul. “O método é equivocado. Cabe ao político entregar, protocolar as denúncias nos órgãos competentes. Vazar foi um erro”, ressaltou.
Apesar da queixa, Maia disse que o vice-governador será poupado. “A questão não é de punição, não estamos em uma escola”. Segundo ele, não há discussão formal dentro do partido para a expulsão de Feijó.
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Mesmo diante da censura de Rodrigo Maia, o vice-governador disse que não se arrepende da divulgação da gravação.
“Não me arrependo do que fiz e acredito que a população saiu ganhando”. O democrata negou, no entanto, que tenha partido dele a idéia de vazar a conversa. Segundo ele, o vazamento ocorreu após contar para o presidente regional do PP, Jerônimo Goergen .
“A informação de que existia a gravação foi feita pelo presidente do PP para o chefe da Casa Civil. Eles sabiam que existiam as gravações mas não sabiam o conteúdo”, afirmou.
Nesta terça-feira (10), representantes do Psol e do PV ajuizaram na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul uma ação por improbidade administrativa contra a governadora do estado, Yeda Crusius (PSDB), por crimes como improbidade administrativa e tráfico de influência. Assim como Yeda, integrantes do governo estadual são acusados de participação em esquema de desvio de recursos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) para financiar partidos políticos.
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