O terceiro dia consecutivo de mais uma crise aérea começou com filas nos balcões das companhias aéreas nos aeroportos de todo o país. Em São Paulo, pelo menos 25% dos vôos registram atrasos. A Infraero atribui o problema a uma operação padrão dos controladores de vôo do Cindacta-1, em Brasília e a uma "falha no link de comunicação provido pela Embratel".
Ontem, entre 17h10 e 19h30 os operadores pararam em protesto contra a prorrogação do prazo para a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga o motim dos controladores em 30 de março. Eles estariam tentando evitar, também, a prisão do sargento Carlos Trifilio, presidente da Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta).
A Aeronáutica determinou a detenção de Trifilo por conta de críticas ao comando aéreo feitas por ele em entrevista à revista Um. Os advogados do sargento tentarão conseguir um mandado de segurança na justiça comum para evitar a prisão.
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A crise com os controladores aliada à queda da freqüência da Embratel fez com que ontem à noite um quarto dos vôos tivesse atraso registrado de mais de uma hora, segundo balanço da Infraero. Dos 1484 vôos com partida prevista dos aeroportos brasileiros, 373 sofreram atrasos e ointenta e cinco vôos foram cancelados. (Carol Ferrare)