Em reunião encerrada há pouco do Conselho Político do governo, o presidente Lula, o vice-presidente, José Alencar, e os ministros Tarso Genro (Justiça), Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais), Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento) discutiram a crise aérea e a tragédia ocorrida no aeroporto de Congonhas, na última semana.
Houve um consenso de que foi um grande erro, creditado ao atual governo e aos anteriores, além das companhias aéreas e da sociedade paulistana, colocar Congonhas como o principal aeroporto do país.
A avaliação do Conselho Político é que as medidas anunciadas na semana passada podem levar ao aumento das tarifas. Além de diminuir o fluxo no aeroporto, a intenção do governo é evitar que aviões pesados (de grande porte e com muitos passageiros) pousem em Congonhas.
Ainda que tardiamente, a opção é por favorecer a segurança, ante a comodidade de usar em excesso um terminal localizado na zona sul de São Paulo e com o benefício de tarifas baixas.
O presidente Lula pediu que o Conselho de Aviação Civil (Conac), que realizou uma de suas poucas reuniões na semana passada, se reúna com mais freqüência. Pediu ainda a presença de mais ministros, como Paulo Bernardo, do Planejamento. O Conac é presidido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, e é integrado por outras pastas, como Turismo, Fazenda, Desenvolvimento e Relações Exteriores, além da Aeronáutica.
Antes da reunião, Lula recebeu Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, que lhe fez um relato do ocorrido no Cindacta-4, em Manaus, no último sábado. Uma pane no sistema elétrico causou atrasos em vários aeroportos do país. Segundo Saito, tudo aconteceu por causa de erro de um sargento, que admitiu o equívoco. (Lucas Ferraz)
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